terça-feira, 26 de agosto de 2008


Joaquim Maria Machado de Assis(Rio de Janeiro, 21 de junho de1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908).
Sua vasta obra inclui também crítica literária. É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante traduto, vertendo para o português obras como Os trabalhadores do mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia brasileira de letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis.

O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis.Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos porém, considera a obra um conto mais longo, por causa da sua estrutura narrativa.

Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos , havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882. É a base para o tipo de conto brasileiro que viria a seguir, assim como peça fundamental do Realismo. Para muitos, é considerado como o primeiro romance brasileiro do movimento realista. Uma frase dita por Machado de Assis: "Se você não é um homem, então, não têm palavras o suficiente para falar a respeito de outros homens..."


HELENA

A história de uma moça que, de uma forma inesperada, sobe na escala social: morre o Conselheiro Vale e, no seu testamento, consta que Helena, moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha, cujo segredo o conselheiro o mantivera até a morte. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo, conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça, amigo de Estácio, apaixona-se pela moça. Helena passa a ser objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora arrebatada pelo conselheiro,- encarregando-se de sua educação. Helena, profundamente chocada com o estado de coisas, mesmo com a possibilidade de poder casar com Estácio, não agüenta a emoção, adoece e morre.

BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!


Machado de Assis

Esaú e Jacó se destaca por consolidar esta suave maestria no domínio da narrativa. Machado despoja-se da excentricidade ocasional num texto que abandona resquícios do picaresco e envereda num realismo que retoma a melancolia e o lirismo que se iniciara na primeira fase de sua produção literária. Destaque são os personagens muito próximos da vida real.
O maior escritor brasileiro nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Machado de Assis começou a vida pobre, numa casa modesta no Morro do Livramento, onde fez amizade com os principais intelectuais da época, e teve como última residência uma confortável casa no tranqüilo bairro do Corme Velho.