terça-feira, 16 de setembro de 2008

A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.

A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexé, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe.

Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais.

Instrumentos afro-brasileiros
  • Afoxé
  • Agogô
  • Atabaque
  • Berimbau
  • Tambor
  • Xequerê

Arte Africana


A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.

Cultura afro-brasileira é o resultado do desenvolvimento da cultura africana no Brasil, incluindo as influências recebidas das cultura portuguesa e indígena que se manifestam em diversos expressões como, por exemplo, a religião e a culinária.

Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio de janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados tanto pela quantidade de escravos recebidos como pela migração interna dos escravos, em virtude do fim do ciclo da cana-de-açúcar na Região Nordeste.


Fuga da família real

A fuga da Família Real

Em 1801, o primeiro ministro de Espanha, Manuel Godoy apoiado por Napoleão invadiu Portugal por breves meses e, no subsequente Tratado de Badajoz, Olivença passou para a coroa de Espanha. Portugal continuou a fazer frente a França e, ao recusar-se a cumprir o Bloqueio naval às Ilhas Britânicas, foi invadido pela coligação franco-espanhola liderada pelo Marechal Junot. A família real fugiu para o Brasil a 13 de Novembro de 1807 e Junot foi nomeado governador de Portugal. A 1 de Agosto de 1808, o Duque de Wellington desembarcou em Portugal e iniciou-se a Guerra Peninsular. Entre 1809 e 1810, o exército luso-britânico lutou contra as forças invasoras de Napoleão, nomeadamente na batalha das Linhas de Torres. Quando Napoleão foi derrotado em 1815, Maria e a família real encontravam-se ainda no Brasil.

A chegada da família real

Às cinco horas da tarde do dia 24 a comitiva real desembarcou na Bahia, com imensa pompa e solenidade.

Em 7 de março de 1808 chegam ao Rio de Janeiro.

Às quatro horas da tarde do dia 8 de março de 1808 a família real desembarcou. Dom João desceu do navio Príncipe Real e passou para um bergantim (uma embarcação de pequeno porte) e assim pode aportar ao cais. Ao mesmo tempo Dona Carlota e os filhos desceram do navio Afonso d´Albuquerque, apenas Dona Maria permaneceu à bordo. Só no dia 10 de março Dom João volta ao navio Príncipe Real para acompanhar o desembarque da mãe; logo após seu desembarque a Rainha mãe Dona Maria I, ouviu um baque de uma portinhola e misturado com os ruídos de tiros de canhão e o alarido da população, ela se assustou e começou a gritar: "Não me matem! Não me matem!" Foi imediatamente recolhida ao Paço.

A família real portuguesa desembarcou no antigo cais do Largo do Paço na atual Praça XV no Rio de Janeiro, é bom lembrar, que o cais ficava onde hoje existe a construção em forma de pirâmide (Chafariz da Pirâmide), mais tarde toda essa parte foi aterrada levando o atual cais das barcas Rio-Niterói para mais longe. Em tempo, a esquadra fundeou na Ilha das Cobras.

A chegada ao Rio foi um alívio, apesar do calor do verão nos trópicos e dos odores fétidos da capital da colônia. A família real foi alojada em três prédios no centro da cidade, depois de colocar na rua o vice-rei, Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, e todas as internas de um convento carmelita. Os demais agregados se espalharam pela cidade, em residências confiscadas da população. Era a política do “Ponha-se na Rua”, nome dado por picardia pelos cariocas, que se inspiraram nas iniciais “PR”, de Príncipe Regente (ou de “Prédio Roubado”, como diziam os mais irônicos), que eram gravadas na porta das casas requisitadas para os nobres portugueses.

terça-feira, 9 de setembro de 2008


No dia 22 de janeiro de 1808, chegava a Salvador a família real portuguesa, em fuga das tropas do exército francês, comandadas por Napoleão Bonaparte, que expandia seu domínio sobre a Península Ibérica. Politicamente, o evento significava a transferência do governo de Portugal e de suas colônias para o território brasileiro.

O Estado português estava, então, sob a regência do príncipe dom João de Bragança, uma vez que a rainha Maria 1ª., sua mãe, encontrava-se afastada do trono desde 1792, devido a problemas de saúde mental.

O papel do príncipe regente - que seria coroado rei de Portugal, dom João 6º, em 1816 - foi fundamental para a transformação da vida no Brasil da época, a partir do momento em que ocorreu o desembarque na Bahia.

Foram apenas 34 dias em Salvador. O breve tempo, porém, não impediu dom João de tomar decisões fundamentais para destravar a economia brasileira e promover o crescimento da cidade que, até 1763, foi a primeira capital do Brasil.

terça-feira, 26 de agosto de 2008


Joaquim Maria Machado de Assis(Rio de Janeiro, 21 de junho de1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908).
Sua vasta obra inclui também crítica literária. É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante traduto, vertendo para o português obras como Os trabalhadores do mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia brasileira de letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis.

O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis.Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos porém, considera a obra um conto mais longo, por causa da sua estrutura narrativa.

Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos , havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882. É a base para o tipo de conto brasileiro que viria a seguir, assim como peça fundamental do Realismo. Para muitos, é considerado como o primeiro romance brasileiro do movimento realista. Uma frase dita por Machado de Assis: "Se você não é um homem, então, não têm palavras o suficiente para falar a respeito de outros homens..."


HELENA

A história de uma moça que, de uma forma inesperada, sobe na escala social: morre o Conselheiro Vale e, no seu testamento, consta que Helena, moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha, cujo segredo o conselheiro o mantivera até a morte. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo, conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça, amigo de Estácio, apaixona-se pela moça. Helena passa a ser objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora arrebatada pelo conselheiro,- encarregando-se de sua educação. Helena, profundamente chocada com o estado de coisas, mesmo com a possibilidade de poder casar com Estácio, não agüenta a emoção, adoece e morre.

BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!


Machado de Assis

Esaú e Jacó se destaca por consolidar esta suave maestria no domínio da narrativa. Machado despoja-se da excentricidade ocasional num texto que abandona resquícios do picaresco e envereda num realismo que retoma a melancolia e o lirismo que se iniciara na primeira fase de sua produção literária. Destaque são os personagens muito próximos da vida real.
O maior escritor brasileiro nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Machado de Assis começou a vida pobre, numa casa modesta no Morro do Livramento, onde fez amizade com os principais intelectuais da época, e teve como última residência uma confortável casa no tranqüilo bairro do Corme Velho.